"A Juventude quer ser alegre! Em nosso rosto deve brilhar a alegria!" (Pe. José Kentenich)

domingo, 19 de janeiro de 2014

Schoenstatteanos, são uns descarados!


Há uns dias estava no Facebook, e vi uma linda notícia. “Missa num centro comercial do Chile”, um grupo de seminaristas, acompanhados por um sacerdote levaram a Palavra de Deus ao centro comercial, via-se muita gente reunida a escutar e muitas que passavam por ali. Comecei a pesquisar mais sobre este evento, e cheguei a um blogue não católico, onde diziam “são uns descarados”, e lendo, sim, sentia-me um pouco incomodado com tudo o que diziam, mas dei-me conta de que tinham razão, sim somos uns descarados.

Desde que começámos a nossa história, fomos uns descarados, pedindo à Mãe e Rainha que viesse e habitasse num simples santuário onde nunca houve uma aparição, e isto repetimo-lo quase todos os anos com novos santuários em todos os continentes.

Somos uns descarados, ao sair em missão, ao entrarmos na casa das pessoas e fazer com que sorriam, ao intitularmo-nos de Geração Missionária.

Somos uns descarados ao encher praças, igrejas, coliseuscom os nossos cânticos, bandeiras e saltos. Que pouca vergonha temos em fazer tudo isto, de caminhar pelos Andes, de correr até Schoenstatt, de fazer acampamentos de centenas de raparigas, de missionar em cada casa. De vender coisas em todos os lados quando necessitamos de fundos, de pedir donativos, de conseguir coisas que parecem impossíveis, de o tentar várias vezes, de rezar nas aulas em frente a todos, de levar as mães peregrinas para as nossas escolas, universidades ou trabalhos. Descarados!

Descarados!

E, sim, é mesmo verdade que um Schoenstatteano é um descarado, porque não temos vergonha de demonstrar a razão pela qual lutamos, lutamos por Ela, vibramos por Ela, por essa mulher pela qual estamos loucamente apaixonados, que dá seja o que for para nos guiar até ao seu Filho.

E hoje digo orgulhosamente, sou um descarado e continuarei a sê-lo, continuarei a levar a Mãe e Rainha à minha escola, universidade, ao meu trabalho; continuarei a trabalhar por missões, acampamentos; continuarei a agitar a minha bandeira em qualquer peregrinação mesmo que todos vejam e se questionem quem são estes loucos, continuarei a usar as minhas pulseiras, a minha medalha de aliança, continuarei a rezar, continuarei de pé firme, junto à Rainha.

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20 de janeiro, um dia de graças!


Segurança, sucesso, felicidade, liberdade… são apenas alguns itens que perfazem a lista de aspirações do homem de todos os tempos. Tudo o que ameaça um desses itens é sinal de alerta e deve ser combatido! No entanto, há um item superior a todos eles que nada pode derrubar: o pensar, viver e amar sobrenatural e orgânico.

Eis uma das grandes mensagens que Pe. Kentenich nos ensina por meio de sua atitude heróica do 20 de janeiro de 1942. Ele está preso injustamente pelo poder nazista e, após um supérfluo exame médico, é considerado apto para o Campo de Concentração. Será enviado para Dachau e, humanamente falando, não retornará de lá com vida.

A Família de Schoenstatt se desdobra em orações, sacrifícios e busca todos os meios legais, aprovados por Deus, para impedir que isso aconteça. Pe. Kentenich pode pedir um novo exame médico. Se ele fizer isso, um exame mais profundo o pode declarar incapaz para o Campo e, desse modo, ser livre do perigo de vida que o ameaça. Todos rezam por ele e suplicam: assine o novo pedido de exame!

Pe. Kentenich reza, entende os seus filhos espirituais, ama-os imensamente, bem como a obra de Schoenstatt, que mais do que antes precisa de sua presença e direção. São dias de “tormento”… O que decidir? Para ele, o essencial não são agora os planos humanos. Mas, o que Deus deseja de si e dos seus. Assinar o pedido e deixar Deus falar por meio disso? Não assinar e correr o risco de morrer?

Só um meio: a aliança de amor vivida!

Após a santa missa, em 20 de janeiro, ele toma a decisão: não quer ser libertado por meios humanos, mas pela aspiração heróica de seus filhos em viver a Aliança de Amor. É o enlaçamento mútuo entre Pai e filhos que deve se imergir no sobrenatutal e confiar heroicamente na atuação da Divina Providência: “O que o homem possui de mais precioso é a liberdade. Com amor sincero, ardente, ofereço esta liberdade para que Deus conceda à Família, em grau eminente, o espírito da liberdade dos filhos de Deus tão ardentemente almejado.”

Ele não assina o pedido de um novo exame e com isso vai para o Campo de Concentração. Aos seus, um pedido: “Satisfazei este meu pedido: Cuidai que a Família leve a sério a Carta Branca e a Inscriptio. Então, serei libertado!”

A Família de Schoenstatt vive o enlaçamento de destino e sorte com o Fundador. A situação de guerra é um chamado de Deus para viver a Aliança de Amor até as ultimas consequências. Deus responde a essa unidade na aliança. No Campo, Pe. Kentenich continua sua missão e atua de modo modelar junto aos prisioneiros, funda institutos e continua a dirigir a sua obra. Após 3 anos, é libertado.

Em cada geração, a condição se renova

Esse fascinante capítulo da história de Schoenstatt pode ser lido em diversos livros e tornou-se o eixo que impulsiona todas as novas gerações. Cada geração é fecunda na medida em que se empenha para viver na mesma altura a sua Aliança de Amor, a Carta Branca e a Inscriptio. Na medida em que um schoenstattiano se enlaça com o Fundador e vive, em seu dia a dia, com confiança heróica, a aliança de amor com a Mãe e Rainha, no santuário, vivencia a liberdade interna e a alegria vitoriosa da fé, da confiança que não se deixa abalar por nenhum acontecimento. Não são as pessoas que determinam a sua vida, mas unicamente Deus! Esse pensar sobrenatural o enlaça aos seus irmãos para amá-los, servi-los e ser para cada um um meio para o encontro com Deus.

É a vitória da Aliança de Amor! Só os que tem coragem de entregar tudo a conseguem vivenciar! Para isso: oração, vínculo ao Santuário, vínculo ao Fundador e deixar-se educar pela Mãe e Rainha de Schoenstatt! Vamos junto?


Fonte: http://www.maeperegrina.org.br/20-de-janeiro-um-dia-de-gracas/